Bem estar animal
O termo “bem-estar animal” hoje possui diversas definições que são utilizadas para todos os tipos de animais, desde os de companhia, de produção, de experimentação, aos silvestres e aos de cativeiro.
Baseado nos estudos sobre o modo como os animais vivem e são criados, o conceito “bem estar animal” ganhou força não só pelo que se refere a questões ligadas ao sistema produtivo, à qualidade final do produto e as relações técnico-comerciais, mas também no que tange a questões ligadas ao respeito aos animais, morais, éticas e religiosas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal, bem-estar animal é a maneira como o animal lida com o seu entorno, e dessa forma incluí-se comportamento e sentimentos. Quando se trata de animais de produção, atribui-se a boas condições de bem-estar quando são atendidas o que chamam de “cinco liberdades”, em que procura-se adotar e incorporar padrões básicos e mínimos de qualidade de vida para os animais como os citados abaixo:
Livres de fome, sede e má nutrição;
Livres de dor, lesão e doença;
Livres de medo e angústia;
Livres de desconforto;
Livres para manifestar o padrão comportamental da espécie.
No que tange sistemas agroalimentares, a necessidade de adoção de um novo modelo dos sistemas produtivos vigentes, com foco nos impactos gerados ao ambiente, fez com que o conceito “bem-estar” surgisse com muita força em todas as etapas da cadeia.
A adoção das “cinco liberdades” permitiu avanços qualitativos em relação:
- aos sistemas de criação, com adequações do espaço mínimo disponível por animal, fornecimento de dietas balanceadas e disponibilidade de sombra em sistemas extensivos;
- ao transporte dos animais com embarque sem estresse e em veículos apropriados, determinação de tempo e distância máximos, sem interrupção, até o abatedouro;
- ao abate, sem sofrimento, com atordoamento eficaz.
Além dos valores e benefícios alcançados com as práticas de bem estar animal, a importância do método para a cadeia produtiva de carnes é a possibilidade de exploração e atendimento de mercados consumidores mais exigentes, interessados na chamada carne produzida a pasto, em que é condição alcançar qualidade final desejada do produto através do bem-estar.